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A Carta que eu não queria ler

Querida mamã,

Chegou o tal dia que tanto temias. Aquele que tentaste não falar no assunto, aquele dia pelo qual já choras. O primeiro de muitos dias na nossa vida.

Sei que este momento é doloroso, pois vamos nos separar um pouco. Sei que vou chorar e tu vais chorar ainda mais. Mas sei que precisas de trabalhar para me sustentar.

Por isso não te culpes mamã, sei que é para meu bem. Mas eu sei, sei que te vais culpar. Vais te sentir culpada por teres de me deixar com outra pessoa.

Quando me deixares na escolinha, sei que vais sofrer e vais dizer que falta um pedaço de ti e vais achar que ninguém saberá cuidar de mim como tu cuidas (e é verdade). Mas tenta perceber mamã, que eu também tenho que crescer e conhecer outras pessoas. Vou tentar não chorar quando te ver a ires embora, para que assim te sintas mais segura.

Podes achar que eu não me irei adaptar mas eu ainda te vou surpreender mamã! Posso até chorar nos primeiros dias por te ver ir embora, mas eu vou ser forte, e tu também irás ser.

Por isso, não te preocupes mamã, pois sei que todos estes sacrifícios é só para que nada me falte! Para me dares tudo do melhor. Não precisas de te sentir a pior mãe do Mundo, pois sei que é isso que tas a sentir. Sim eu sei, vai ser uma avalanche de sentimentos, para mim e para ti.

Mas eu continuarei a amar-te da mesma forma e continuarás a ser a minha número um, sempre. Mãe só há uma e tu não vais perder esse cargo mamã.

E o melhor vai ser a hora que me fores buscar, irei super feliz para o teu colinho. Será o melhor momento do nosso dia!

Amo-te muito mamã.
O teu bebé, Martim.





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